domingo, 15 de julho de 2012

from NYC 1-03: doce (?) surpresa


Uma das maiores atrações da cidade de Nova Iorque é, sem sombra de dúvida, a gastronomia. E aqui surgem a cada ano novidades surpreendentes.
Max Brenner é uma casa que vende tudo de chocolate. Está bem localizada, na Broadway, há uma quadra da Union Square.
Lá você encontra trufas, balas, canecas de chocolate, seringas (sim...rsrsrs) com chocolate, pizzas, sucos, de chocolate, frozen... tudo à base do tão controverso cacau.

A casa é muito aconchegante, e tudo dentro dela te estimula ao consumo.
Para a nossa surpresa, mais do que os produtos nela oferecidos, o que nos chamou a atenção foi o comportamento de consumo: a casa estava lotada, em pleno verão que beira os 40ºC em NYC.
Estivemos anteriormente na Max Brenner no Inverno passado, e acreditem, ela estava quase vazia.
Tanto é que foi a primeira vez que percebemos existir um salão com mesas, como um grande restaurante, bem ao meio da casa, bem como também notamos o andar superior com suas mesas lotadas.
Aquela clássica percepção de que chocolate é coisa de inverno foi imediatamente questionada.
Certamente esse é um comportamento clássico de turista, pois a cidade é muito mais cheia no verão do que no inverno, e a temperatura interna com ar condicionado, essencial a todo local que abriga multidões, como lojas, restaurantes, metros, ônibus e hotéis, torna o ambiente bem fresco e propício ao consumo.
Mas inda assim a casa está lotada, as pessoas consumindo chocolate, é verão e, do lado de fora, o sol e o clima vão te lembrar disso.
Atrelado ao desejo de consumo de chocolate, e aos prazeres dele decorrentes, está uma preocupação: a origem da matéria-prima.
Existe neste país, sobretudo em NYC (muitos países na Europa estão bem mais avançados nesse ponto), uma corrente de pensamento preocupada com os danos que os produtos consumidos podem causar, desde seu processo de produção até seu descarte.
No caso do chocolate, a material prima é o cacao.
De acordo com pesquisas feitas pela rede CNN, cerca de 50% do cacao utilizado pelos Estados Unidos na produção do chocolate é importado da Costa do Marfim, onde a colheita e o beneficiamento do cacao é feito por trabalho escravo infantil.
Os links abaixo podem ajudar a ter uma noção melhor sobre a dimensão dessa questão
Algumas empresas já estão se posicionando quanto a abolir a mão de obra escrava infantile de sua cadeia de produção, mas isso não acontece sem pressão pública.
Portanto aos apreciadores de chocolate, certifiquem-se de que o chocolate que consomem não é fruto de exploração, ilegalidade, violência e humilhação.
Chocolate pode e deve trazer prazer, e não deixar um gosto amargo na consciência.










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