Uma das maiores atrações da cidade de Nova Iorque é,
sem sombra de dúvida, a gastronomia. E aqui surgem a cada ano novidades
surpreendentes.
Max Brenner é uma casa que vende tudo de chocolate.
Está bem localizada, na Broadway, há uma quadra da Union Square.
Lá você encontra trufas, balas, canecas de chocolate,
seringas (sim...rsrsrs) com chocolate, pizzas, sucos, de chocolate, frozen...
tudo à base do tão controverso cacau.
A casa é muito aconchegante, e tudo dentro dela te
estimula ao consumo.
Para a nossa surpresa, mais do que os produtos nela
oferecidos, o que nos chamou a atenção foi o comportamento de consumo: a casa
estava lotada, em pleno verão que beira os 40ºC em NYC.
Estivemos anteriormente na Max Brenner no Inverno
passado, e acreditem, ela estava quase vazia.
Tanto é que foi a primeira vez que percebemos existir
um salão com mesas, como um grande restaurante, bem ao meio da casa, bem como
também notamos o andar superior com suas mesas lotadas.
Aquela clássica percepção de que chocolate é coisa de
inverno foi imediatamente questionada.
Certamente esse é um comportamento clássico de
turista, pois a cidade é muito mais cheia no verão do que no inverno, e a
temperatura interna com ar condicionado, essencial a todo local que abriga
multidões, como lojas, restaurantes, metros, ônibus e hotéis, torna o ambiente
bem fresco e propício ao consumo.
Mas inda assim a casa está lotada, as pessoas
consumindo chocolate, é verão e, do lado de fora, o sol e o clima vão te
lembrar disso.
Atrelado ao desejo de consumo de chocolate, e aos
prazeres dele decorrentes, está uma preocupação: a origem da matéria-prima.
Existe neste país, sobretudo em NYC (muitos países na
Europa estão bem mais avançados nesse ponto), uma corrente de pensamento
preocupada com os danos que os produtos consumidos podem causar, desde seu
processo de produção até seu descarte.
No caso do chocolate, a material prima é o cacao.
De acordo com pesquisas feitas pela rede CNN, cerca de
50% do cacao utilizado pelos Estados Unidos na produção do chocolate é
importado da Costa do Marfim, onde a colheita e o beneficiamento do cacao é
feito por trabalho escravo infantil.
Os links abaixo podem ajudar a ter uma noção melhor
sobre a dimensão dessa questão
Algumas empresas já estão se posicionando quanto a
abolir a mão de obra escrava infantile de sua cadeia de produção, mas isso não
acontece sem pressão pública.
Portanto aos apreciadores de chocolate, certifiquem-se
de que o chocolate que consomem não é fruto de exploração, ilegalidade,
violência e humilhação.
Chocolate pode e deve trazer prazer, e não deixar um gosto
amargo na consciência.
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